quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Criticismo – Immanuel Kant

Criticismo tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo. Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constitui-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo.
Immanuel Kant (1724-1804)
As teorias do conhecimento que se desenvolveram na Antiguidade e na Idade Média não colocavam em dúvida a possibilidade de conhecer a realidade tal qual ela é. Contudo as influências do Renascimento levaram, a partir do século XVII, ao questionamento da possibilidade do conhecimento, dando, nas respostas ensaiadas, origem às teorias empiristas e racionalistas. Kant supera essa dicotomia, concluindo que o conhecimento só é possível pela conjunção das suas fontes: a sensibilidade e o entendimento. A sensibilidade dá a matéria e o entendimento às formas do conhecimento. O criticismo kantiano tinha como objetivo principal a critica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de conhecermos os seus limites. Em consequência dessa «crítica», foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas (númeno).
Assim, em sentido geral, merece a denominação de criticismo a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como condição para toda e qualquer reflexão filosófica. Segundo esta posição, a pergunta pelo conhecer deve ter primazia sobre a pergunta acerca do ser, uma vez que, sem aquela, não se pode garantir com segurança sobre que base à questão do ser está a ser afirmada. Levado às suas últimas consequências, o criticismo pode ser encarado como uma atitude que nega a verdade de todo conhecimento que não tenha sido previamente, submetido a uma crítica de seus fundamentos. Neste sentido, o criticismo aproxima-se do cepticismo, por pretender averiguar o substrato racional de todos os pressupostos da ação e do pensamento humanos. Devemos referir que tal como o dogmatismo o criticismo acredita na razão humana e confia nela. Mas ao contrario do dogmatismo, o criticismo "pede contas à razão".
Em sentido restrito, o criticismo é empregue para denominar uma parte da filosofia kantiana (aquela que diz respeito à questão do conhecimento). Esta se propõe investigar as categorias ou formas "a priori" do entendimento. A sua meta consiste em determinar o que o entendimento e a razão podem conhecer, encontrando-se livres de toda experiência, bem como os limites impostos a este conhecimento pela necessidade de fazer apelo à experiência sensível para conhecermos. Este projeto pretende fundamentar um pensamento metafísico de carácter cético. Entre o cepticismo e o dogmatismo, o criticismo kantiano instaura-se como a única possibilidade de repensar as questões próprias à metafísica.
Como sabemos o Dogmatismo, ele tem certeza pode conhecer. Ele tem a crença na possibilidade de conhecer, ele usa os sentidos para solucionar o problema, ele usa a razão e busca de qualquer jeito a verdade. O dogmatismo critica: é possível conhecer, mas não de maneira trivial. Crê que a razão e os sentidos podem ser enganosos. Porém, o homem pode superar a ilusão e encontrar a verdade. O dogmatismo ingênito: Acredita que vê, percebe, as coisas (o fenômeno) como são.
O Ceticismo, ele não tem certeza suspende o juízo, ele não a conhecimento, duvida da crença dos sentidos, duvida da razão, suspensão do juízo. Ceticismo Subjetivista: faz a relação entre o "sujeito e o objeto". Cético relativista: o cético relativista dado à multiplicidade do mundo não fundamento nenhum tipo de conhecimento nenhum tipo de conhecimento absoluto.
Immanuel Kant (1724-1804) nasceu na Alemanha. Interessado desde o início pela ciência newtoniana, já constituída plenamente no seu tempo, e preocupado com a confusão conceitual a respeito do debate sobre a natureza do nosso conhecimento. Questiona na sua obra Crítica da razão pura, se é possível uma “razão pura” independente da experiência, por isso seu método ser conhecido como criticismo. Ao desenvolvê-lo, Kant “ desperta do sono dogmático” em que estava mergulhado os filósofos anteriores, já que eles não questionam a existência da realidade nem duvidam que as ideias da razão correspondem a realidade.

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